sábado, 22 de dezembro de 2007

Reflexões sobre papel tutor e professor

Compartilho abaixo uma reflexão que fiz no fórum de Tutoria do ESPEAD e que me parece interessante sobre a interelação entre os papéis de tutor e de professor:
"Olá!Penso que tanto o papel d@ tutor@ quanto d@ professor@ estão relacionados, pois ambos complementam suas funções entre si. Por exemplo, se pensarmos no professor que, com a equipe de uma determinada interdisciplina, elabora as atividades e no decorrer do percurso modifica alguns pontos da proposta de acordo com a demanda de alunos e tutores. Da mesma forma, os tutores, auxiliam, pois têm um contato mais próximo com os alunos, apesar da distância física, procuram atender e comunicar aos professores as demandas e dificuldades observadas e levantadas pelos alunos. O professor avalia o processo que se formou ao longo da interdisciplina, também participando dos comentários nos trabalhos dos alunos tendo no tutor@ um alicerce importante para o processo de aprendizagem e bom andamento do curso.Abraços,Damiana(Tutora sede - Pólo de Gravataí) "

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Apontamentos sobre o Salão de Iniciação Científica (SIC) da UFRGS

Fonte da imagem: http://www.apocalipsedhyana.biz/apocalipsedhyana_arquivos/workshop/aulas_arquivos/ilfiorededuna.jpg



No SIC UFRGS tive a oportunidade de assistir a apresentação de algumas pesquisas em diversas áreas e uma que me chamou muito a atenção foi uma pesquisa sobre ensino de Artes Visuais no Ensino Médio. Esse projeto de pesquisa é da Universidade Federal do Santa Maria (UFSM) e trata sobretudo de pensar o caminho percorrido pelo professor de Artes quando planeja suas aulas, desta forma, como pensa e organiza os conteúdos a serem trabalhados em suas aulas de Artes. Essa pesquisa mostra que os professores pesquisados falam muito da falta de formação continuada em suas escolas e que isso inviabiliza ou prejudica de alguma forma essas aulas dadas. Eles falam que foram acostumados ao longo de sua escolaridade a usarem somente folhas A4 para fazerem seus “trabalhos” em Artes e que ao entrarem na faculdade tiverem a oportunidade de trabalhar com os outros materiais e que isso pode ser levado às escolas e de certa forma mudar algumas práticas tão arraigadas.

Isso tudo levou-me a pensar em um fórum que tivemos na disciplina, da qual sou tutora, de Artes Visuais no qual as alunas e alunos falavam das dificuldades de trabalharem Artes na escola e da falta de preparo e do uso constantes justamente de “folhinhas” mimeografadas ou não e dificuldade de utilizar diversos materiais. Esses depoimentos do fórum têm uma relação muito próxima ao que foi dito durante a apresentação do SIC e pude me identificar ed alguma forma com isso, pois as alunas que eu acompanham também passam por situações parecidas e vejo o quanto elas têm visto coisas diferentes e aprendido tanto na nossa interdisciplina de Artes. Elas estão tendo a oportunidade de estudar um pouco de teoria e conhecendo outras formas de perceber e vivenciar ou até mesmo construir ou desconstruir conceitos tão arraigados no ensino de Arte e em nossa sociedade, bem como nas escolas. Um desses locais onde puderam conhecer as obras de outros artistas “ao vivo” foi na visita que nossa interdisciplina organizou à Bienal do Mercosul, que é uma oportunidade ímpar em ter contato com algumas obras de arte em nossa cidade, fora aqueles espaços que têm exposições e que são tão desconhecidos em Porto Alegre. Percebo que as duas realidades (pesquisa no SIC e relatos alunas interdisciplina Artes Visuais) estão interligadas de alguma forma quando falamos de anseio e dificuldade no ensino da Arte, pois muitas vezes faltam espaços de discussão como o que o curso propicia para se pensar no fazer pedagógico, sobretudo, em Artes Visuais.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Reflexões no fórum acerca de "Doze homens e uma setença"

Aqui estão as impressões e questionamentos que tive acerca do filme "Doze homens e uma setença" postadas no fórum de discussão do ESPEAD:
Este filme é muito interessante para pensarmos em várias questões que nos parecem verdades absolutas, das quais acreditamos e não /abrimos mão/, mas por quê? Ao longo da trama, quando cada um dos onze personagens acreditava que o réu seria culpado, muitas vezes, não sabiam argumentar o porquê dessa crença. Alguns deles diziam que pela condição social do réu, ele seria um homem culpado. Nesta linha de raciocínio, algumas passagens chamaram-me a atenção quando jurados falam que: /O réu é fruto de um lar desfeito, de um cortiço. [. . .] Nasceu num cortiço, escola de bandido, sabemos disso. Não é segredo que crianças vindas da miséria são uma ameaça à sociedade./ A partir desse pensamento supuseram que o rapaz só poderia ser o culpado mesmo, estando os jurados preocupados mais com suas vidas do que com a situação apresentada diante do julgamento de um rapaz de 18 anos. A medida em que o único jurado, que não tinha certeza da culpa do réu, foi apresentando algumas /evidências/ ou dúvidas, se é que podemos chamar assim, os outros jurados começaram a analisar o caso de outras formas, tentando entender e traçar o enredo do crime. A questão da faca que a colega Suelen traz é muito importante, pois quando esse jurado mostra uma faca /idêntica/, as ditas /certezas/ caem por terra. E, é a partir desse momento e o da tentativa de reconstituição dos passos do suposto criminoso que fazem os jurados pensarem nas suas hipóteses e darem justificativas para suas escolhas para assim condenar ou absolver o réu. Desta forma, sabemos que somos humanos e não podemos trabalhar com uma verdade absoluta, pois há vários pontos de vista em jogo. E nos reportando para uma das cenas iniciais, quando o jurado fala da sua incerteza, um outro jurado fala para os demais que devem tentar persuadi-lo para que mude de opinião, e o contrário acontece, pois são os outros jurados que começam a refutar o que lhes parecia certo. Um jogo de argumentação embasado em ditas /evidências/ vai se armando. Espero ter feito contribuições para o debate.


Essa questão de pensar que uma condição social determinará o que um indivíduo será, é um ponto muito forte (ou evidência), a meu ver, a ser debatido sobre o filme. Pois, alguns jurados, colocaram isso como forte indício para o rapaz cometer o crime, pois ele também sofria de maus tratos por parte do pai e era órfão de mãe e não parecia ter apoio familiar. Será que isso determina esse suposto comportamento do filho perante o pai? Neste viés, quando um dos jurados diz ter crescido em um cortiço, os demais não o deixam continuar sua fala. E essa questão, é aos poucos deixada de lado para serem analisados os fatos /frios/ que foram apresentados durante o longo julgamento, frutos dos relatos das testemunhas. Esses relatos que pareciam ser /estandartes da verdade/ foram aos poucos desconstruídos e dúvidas surgem e assim, são pensadas outras formas de analisar a situação.

Aprendizagens Artísticas

Tenho aprendido muito ao longo deste curso (PEAD). E agora, que atuo como tutora na interdisciplina de Artes Visuais, estou me apropriando um pouco mais deste universo que já era familiar para mim, pois sempre admirei arte, mas sobretudo na sua forma de Artes Plásticas. Desde que ingressei na UFRGS e pude trabalhar como monitora da Bienal do Mercosul, tive contado com várias manifestações artísticas. Atuar na disciplina de Artes Visuais, neste curso, que tem sido um aprendizado para mim, pois posso ter um contato mais téorico da História da Arte e seus movimentos e aliado ao meu apreço por este campo tão vasto. Isso tem me auxiliado a fazer uma reflexão mais apurada da vida e das aprendizagens possíveis. A Arte suscita várias manifestações: alegria, dor, espanto, indignação, fascinação, tristeza, medo, sofrimento, paixão, amor, etc. De uma forma muito visceral, mexe com nossas emoções.


Nesta disciplina tenho aprendido muito com @s alun@s também, ao ver suas leituras e persepções acerca da obra "Las Meninas" de Velázquez, onde vejo infinitas descrições e definições do que o pintor estaria retratando, pois este olha o espectador. Assim, me vejo como espectadora e aprendiz.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Início

Este pretende ser um espaço para trocas de idéias e aprendizagens ao longo do curso de Especialização do PEAD.
Abraços,
Damiana